Representantes
do MPL - Movimento Passe Livre, responsável por manifestação de grande
repercussão e que deu origem à onda de protestos no país - afirmaram que são a
favor da presença de partidos nos protestos. Mayara Vivian afirmou: "Não é
uma vitória dos partidos, mas do povo, mas nunca vamos impedir ninguém de se
manifestar, somos apartidários, mas não contra os partidos".
Em certa
medida, constituiu uma "resposta" à convocação realizada pelo PT -
Partido dos Trabalhadores - para o comparecimento ao ato desta quinta-feira, na
Avenida Paulista, em São Paulo. No início dos protestos, eram frequentes
bandeiras do PSTU e do PSOL. No entanto, a participação popular apartidária
sempre foi presente e, no momento, é maioria.
A despeito
de concordarem com a presença dos partidos, criticaram algumas ideologias
apresentadas em cartazes nos últimos atos, declarando repúdio:
"Tem
gente que não consegue nem mobilizar dez pessoas e leva uma faixa com dizeres
horríveis, como coisas contra a legalização do aborto e outras. O MPL é
anticapitalista e contra qualquer forma de opressão. Repudiamos várias das
reivindicações feitas nos atos".
Nos últimos
protestos, foram frequentes faixas contra a legalização do aborto e a favor da
redução de maioridade penal, de caráter distinto do gênero do grupo, além de
elevada incidência de cartazes a favor da educação, contra a corrupção e a Copa
do Mundo, pautas que não são defendidas
pelo MPL. Além disto, houve pedidos de
cancelamento da PEC 37, impeachment de Renan Calheiros, Dilma e outros.
Qual é a sua
posição a respeito? Em que medida as manifestações superaram a pauta do
Movimento Passe Livre e quando isto se deu? A repercussão e a organização de
centenas de manifestações deu-se pelo apoio ao conteúdo da causa do MPL ou pela
indignação despertada nos brasileiros devido à violência contra manifestantes,
bem como pela "gota d'água" que permitiu que se reivindicassem muitos
outros temas? Qual percentil dos manifestantes seguiria, de fato, a ideologia
do MPL? Emita sua opinião e contribua para o diálogo democrático.
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