A
Procuradoria da República denunciou à Justiça Federal o ex-diretor de
Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa - preso desde 17 de março pela
Operação Lava Jato - por integrar organização criminosa para a prática de
crimes de corrupção e peculato na estatal petrolífera. Costa e mais 8 investigados da Lava Jato são
acusados. "Desde 2008, quando Costa já era diretor da Petrobrás, até 17 de
março de 2014, de modo consciente e voluntário,
integraram uma organização criminosa liderada pelo doleiro Alberto
Youssef", acusa a Procuradoria.
Segundo
a denúncia, a organização integrada por Costa "tinha por finalidade a
prática de crimes de lavagem dos recursos financeiros auferidos de crimes
contra a administração pública, mais precisamente contra a Petrobrás".
A
Procuradoria relata que Costa "comandava a organização criminosa
juntamente com Alberto Youssef, utilizava de seu cargo e, posteriormente, de
suas influências para obtenção de contratos fraudados com a estatal".
Segundo
a denúncia, os desvios ocorreram no período de 2009 até 2014 e se referem a
quantias relacionadas ao pagamento de contratos superfaturados a empresas que
prestaram serviços direta ou indiretamente à Petrobrás, com a colaboração e
intermediação de Costa.
A
Procuradoria aponta para o projeto da refinaria Abreu e Lima, no município de
Ipojuca, Pernambuco, orçada na época em R$ 2,5 bilhões e que atualmente
apresenta orçamento de R$ 20 bilhões.
A Procuradoria
destaca que desde 26 de março de 2008, Costa é conselheiro de administração da
refinaria Abreu e Lima.
A
licitação foi vencida pelo Consórcio Nacional Camargo Corrêa. A Procuradoria
sustenta que o contrato "apresentou indícios de superfaturamento ou
sobrepreço na execução e fornecimento de materiais". Auditoria do Tribunal
de Contas da União aponta sobrepreço de R$ 446, 2 milhões.
O
projeto inicial da refinaria foi de responsabilidade Paulo Roberto Costa.
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