Num
ambiente dominado por crescente pessimismo com a economia e forte desejo de
mudança, as intenções de voto na presidente Dilma Rousseff no principal cenário
eleitoral caíram seis pontos desde o final de fevereiro. Apesar disso, os
principais adversários da petista, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB),
não cresceram. Assim, a pesquisa Datafolha de 2 e 3 de abril mostra que Dilma
seria reeleita no primeiro turno com 38% dos votos. Aécio teria 16%. Campos,
10%. Candidatos de partidos menores somam 6%.
Nos
cinco cenários testados, a única candidata que forçaria um segundo turno seria
a ex-senadora Marina Silva (PSB), com 27% dos votos, 4 pontos a mais que em
fevereiro. Marina fica 12 pontos atrás de Dilma. Com um desempenho melhor que o
de Dilma, só o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu maior cabo
eleitoral. Lula, que sempre repete não ter interesse em disputar neste ano,
apresenta leve tendência de queda em relação às pesquisas anteriores, mas ainda
lidera todos os cenários com grande vantagem.
A
deterioração das expectativas com inflação, emprego e poder de compra dos
salários também ajuda a explicar a queda na aprovação do governo. A atual
pesquisa detectou uma disparada do sentimento de frustração com as realizações
da presidente Dilma. Hoje, 63% dos brasileiros dizem que ela faz pelo país
menos do que eles esperavam. Há pouco mais de um ano essa taxa era de 34%.
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