segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

CBF QUESTIONA JUIZ DE LIMINARES E AVISA QUE NÃO VAI HAVER ACORDO SOBRE A LUSA


Até o fim da noite deste domingo, a CBF ainda não havia sido notificada sobre as liminares concedidas em favor do Flamengo e da Portuguesa, mas os recursos das decisões já estão sendo elaborados. Em entrevista para o ESPN.com.br, o diretor jurídico da gestão de José Maria Marin, Carlos Eugênio Lopes, afirmou que, no que depender dele, a entidade não fará acordo com nenhuma parte, como aconteceu em casos da Série C, em 2013, por exemplo.

O advogado preferiu evitar cantar vitória. Apesar de se dizer confiante em sua tese, o cartola disse que nem sempre o direito prevalece nessa situação e que o juiz que deu razão aos torcedores está marchando com o pé errado.

"Não há nenhuma hipótese de um acordo acontecer, no que depender de mim. Eu sou apenas um soldado lá dentro e a presidência pode decidir algo diferente. Mas se estiver sob minha responsabilidade, não vai haver nenhum acordo, em momento nenhum. Vamos até o fim", afirmou Carlos Eugênio Lopes.

"É um batalhão todo marchando com um pé, esse juiz marchando com o outro e a mãe dele vai ser a única a dizer que ele está marchando com o pé certo. São 15 juízes diferentes que nos deram razão e um juiz fez diferente. Quem está certo? Não tenho nenhuma dúvida de que no que depender do direito, essa ações vão ser julgadas improcedentes. Mas nem sempre é o direito que prevalece. Há erros", completou.

O diretor jurídico da CBF ainda questionou a atuação Marcello do Amaral Perino, da 42ª vara cível de São Paulo. Para Lopes, a gratuidade concedida para o autor da ação foi um absurdo.

"O primeiro absurdo é ele [juiz] ter garantido a gratuidade a um advogado, como primeiro de tudo. A gratuidade serve para isentar custos, para quem precisa. E há outras contradições também, entre a liminar do torcedor da Portuguesa e a do torcedor do Flamengo", disparou.

Em contato com o ESPN.com.br, o advogado Daniel Neves explicou que embora tenha defendido a ação, não é o autor.

"A ação é de um torcedor da Portuguesa, o Arthur Vieira. Se eu fosse o autor, não pediria gratuidade", respondeu.


Sobre o que a CBF vai fazer caso as ações judiciais não sejam resolvidas em tempo da publicação do regulamento da competição e invadam também o início do campeonato, Carlos Eugênio Lopes disse que não pensou sobre isso. "Se eu for ficar prevendo problemas, não vou fazer mais nada da vida. Quando eles aparecerem, decidimos", finalizou.

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