Até o fim da
noite deste domingo, a CBF ainda não havia sido notificada sobre as liminares
concedidas em favor do Flamengo e da Portuguesa, mas os recursos das decisões
já estão sendo elaborados. Em entrevista para o ESPN.com.br, o diretor jurídico
da gestão de José Maria Marin, Carlos Eugênio Lopes, afirmou que, no que
depender dele, a entidade não fará acordo com nenhuma parte, como aconteceu em
casos da Série C, em 2013, por exemplo.
O advogado
preferiu evitar cantar vitória. Apesar de se dizer confiante em sua tese, o
cartola disse que nem sempre o direito prevalece nessa situação e que o juiz
que deu razão aos torcedores está marchando com o pé errado.
"Não há
nenhuma hipótese de um acordo acontecer, no que depender de mim. Eu sou apenas
um soldado lá dentro e a presidência pode decidir algo diferente. Mas se
estiver sob minha responsabilidade, não vai haver nenhum acordo, em momento
nenhum. Vamos até o fim", afirmou Carlos Eugênio Lopes.
"É um
batalhão todo marchando com um pé, esse juiz marchando com o outro e a mãe dele
vai ser a única a dizer que ele está marchando com o pé certo. São 15 juízes
diferentes que nos deram razão e um juiz fez diferente. Quem está certo? Não
tenho nenhuma dúvida de que no que depender do direito, essa ações vão ser
julgadas improcedentes. Mas nem sempre é o direito que prevalece. Há
erros", completou.
O diretor
jurídico da CBF ainda questionou a atuação Marcello do Amaral Perino, da 42ª
vara cível de São Paulo. Para Lopes, a gratuidade concedida para o autor da
ação foi um absurdo.
"O
primeiro absurdo é ele [juiz] ter garantido a gratuidade a um advogado, como
primeiro de tudo. A gratuidade serve para isentar custos, para quem precisa. E
há outras contradições também, entre a liminar do torcedor da Portuguesa e a do
torcedor do Flamengo", disparou.
Em contato
com o ESPN.com.br, o advogado Daniel Neves explicou que embora tenha defendido
a ação, não é o autor.
"A ação
é de um torcedor da Portuguesa, o Arthur Vieira. Se eu fosse o autor, não
pediria gratuidade", respondeu.
Sobre o que
a CBF vai fazer caso as ações judiciais não sejam resolvidas em tempo da
publicação do regulamento da competição e invadam também o início do
campeonato, Carlos Eugênio Lopes disse que não pensou sobre isso. "Se eu
for ficar prevendo problemas, não vou fazer mais nada da vida. Quando eles
aparecerem, decidimos", finalizou.
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