Consumidores
denunciam preços abusivos
Depois que
os 10% da conta do bar viraram 12% em muitos estabelecimentos cariocas, mesma
cidade onde é possível pagar R$ 19,90 por um frango de padaria, a palavra
‘surreal’ deixou de ser adjetivo para virar sinônimo de: preço abusivo.
A página Rio
$urreal, hoje com mais de 135 mil curtidas no Facebook, foi a primeira a unir
consumidores interessados em compartilhar registros de preços fora da realidade
e divulgar boicotes a estabelecimentos que cobram valores considerados por eles
abusivos. A ideia se espalhou e Brasília, Belo Horizonte e São Paulo são
capitais com páginas que agregam milhares de pessoas. O Espírito Santo também.
E, hoje, a cidade de Salvador entrou no movimento. Em comum, as páginas sobre o
$urreal trazem a referência da figura de Salvador Dalí, pintor surrealista.
A página
Boicota SP, mais antiga (de abril), foi uma das primeiras a reunir consumidores
em torno da ideia de boicote a preços e hoje tem 63 mil seguidores.
Pagar caro não é chique
Um dos
eventos propõe boicote a restaurantes que cobram mais de R$ 45 o quilo. Outro
convoca homens e mulheres a levarem suas próprias cadeiras e cangas para a
praia, em vez de alugar. Há que diga que não vai pagar mais de R$ 5 reais no
chope.
Inflação acelerada
A inflação
registrada em 2013 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) ficou acima da do ano anterior:
avançou 5,91% em 2013, ante alta de 5,84% em 2012, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os preços de Alimentação e
Bebidas, Despesas Pessoais e Transportes foram os que mais pressionaram a alta.
Somado a isso está o aumento da demanda por serviços em função da Copa do
Mundo.
No ano em
que o Real faz 20 anos, o apelido $urreal contrasta com o plano original da
moeda que foi uma das armas no combate à hiperinflação brasileira.
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