sábado, 4 de janeiro de 2014

A CADA SEMANA MORREM 2,3 RADIALISTAS/JORNALISTAS NO MUNDO


A cada três dias um radialista/jornalista morre no mundo no exercício da profissão. A média, realizada pela organização não governamental Press Emblem Campaign (PEC), está baseada nos últimos cinco anos, período em que morreram 609 profissionais, 122 por ano. Em 2013, 129 trabalhadores de comunicação foram mortos no cumprimento do dever, em 28 países, seis deles no Brasil.

Apesar desses números, ainda elevados e preocupantes, a PEC elogiou o esforço da comunidade internacional na defesa do exercício profissional da categoria.

Em 18 de dezembro, a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou resolução que zela pela segurança destes profissionais. O texto condena "todo tipo de ataque e violência contra profissionais de mídia, como tortura, execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias e intimidação e perseguição tanto em situações de conflito como de não conflito".

É a primeira vez que a ONU aprova resolução que trata diretamente da segurança destes trabalhadores. A resolução também proclamou 2 de novembro como o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade de Crimes contra Comunicadores. A data lembra o dia em que a jornalista Ghislaine Dupont e o jornalista Claude Verlon, da França, foram mortos no Mali, em 2013.

O número de radialistas/jornalistas mortos em 2013 foi 8% menor do verificado em 2012. Nesse ano, foram registrados 141 casos de profissionais mortos no exercício da profissão, um número recorde devido ao conflito sírio. A Síria continua, porém, o país mais perigoso do mundo para o trabalho dos comunicadores. No ano passado, 17 profissionais foram mortos nesse país do Oriente Médio.

Entre os 129 profissionais que morreram em 2013, 70% foram mortos em zonas de conflito ou em situações de agitação e violência; três quartos deles foram alvejados intencionalmente, outros morreram de forma acidental, em sua maioria em ataques a bomba.

Depois da Síria, o Iraque foi o país mais perigoso para a atividade no ano passado, quando morreram 16 profissionais, contra apenas três em 2012. O Oriente Médio, aliás, é a região que registrou o maior número de óbitos no ano passado, com 44 mortos, 34% do total.

Depois vem a Ásia, com 37 mortos, 29% do total, a América Latina, com 27 mortos, 21% do total, África, com 18 mortos, 14% do total, e a Europa, com 3,2%.

O Balanço Anual de Repórteres Sem Fronteira aponta um número menor de mortos no exercício profissional em 2013: 71 contra 88 em 2012. Mas aumentaram os casos de sequestrados no ano passado, 87, contra apenas 38 no ano anterior.

Também cresceu o número de agressões, ameaças e exílios forçados de em 2013, comparado ao ano anterior: 2.160, 9% a mais que em 2012.

Paquistão, Filipinas, Índia, Somália, Egito, Brasil, México, Guatemala, Afeganistão, Colômbia, Honduras, Líbia e Rússia aparecem, nesta ordem, após Síria e Iraque, onde foram registrados mais de um óbito em 2013.


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