A cada três
dias um radialista/jornalista morre no mundo no exercício da profissão. A
média, realizada pela organização não governamental Press Emblem Campaign
(PEC), está baseada nos últimos cinco anos, período em que morreram 609
profissionais, 122 por ano. Em 2013, 129 trabalhadores de comunicação foram
mortos no cumprimento do dever, em 28 países, seis deles no Brasil.
Apesar
desses números, ainda elevados e preocupantes, a PEC elogiou o esforço da
comunidade internacional na defesa do exercício profissional da categoria.
Em 18 de
dezembro, a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou resolução que zela pela
segurança destes profissionais. O texto condena "todo tipo de ataque e
violência contra profissionais de mídia, como tortura, execuções
extrajudiciais, desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias e intimidação
e perseguição tanto em situações de conflito como de não conflito".
É a primeira
vez que a ONU aprova resolução que trata diretamente da segurança destes
trabalhadores. A resolução também proclamou 2 de novembro como o Dia Internacional
pelo Fim da Impunidade de Crimes contra Comunicadores. A data lembra o dia em
que a jornalista Ghislaine Dupont e o jornalista Claude Verlon, da França,
foram mortos no Mali, em 2013.
O número de
radialistas/jornalistas mortos em 2013 foi 8% menor do verificado em 2012.
Nesse ano, foram registrados 141 casos de profissionais mortos no exercício da
profissão, um número recorde devido ao conflito sírio. A Síria continua, porém,
o país mais perigoso do mundo para o trabalho dos comunicadores. No ano
passado, 17 profissionais foram mortos nesse país do Oriente Médio.
Entre os 129
profissionais que morreram em 2013, 70% foram mortos em zonas de conflito ou em
situações de agitação e violência; três quartos deles foram alvejados
intencionalmente, outros morreram de forma acidental, em sua maioria em ataques
a bomba.
Depois da
Síria, o Iraque foi o país mais perigoso para a atividade no ano passado,
quando morreram 16 profissionais, contra apenas três em 2012. O Oriente Médio,
aliás, é a região que registrou o maior número de óbitos no ano passado, com 44
mortos, 34% do total.
Depois vem a
Ásia, com 37 mortos, 29% do total, a América Latina, com 27 mortos, 21% do
total, África, com 18 mortos, 14% do total, e a Europa, com 3,2%.
O Balanço
Anual de Repórteres Sem Fronteira aponta um número menor de mortos no exercício
profissional em 2013: 71 contra 88 em 2012. Mas aumentaram os casos de
sequestrados no ano passado, 87, contra apenas 38 no ano anterior.
Também
cresceu o número de agressões, ameaças e exílios forçados de em 2013, comparado
ao ano anterior: 2.160, 9% a mais que em 2012.
Paquistão,
Filipinas, Índia, Somália, Egito, Brasil, México, Guatemala, Afeganistão,
Colômbia, Honduras, Líbia e Rússia aparecem, nesta ordem, após Síria e Iraque,
onde foram registrados mais de um óbito em 2013.
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