No dia 12/08,
os magistrados do Acre decidiram manter o bloqueio da empresa Ympactus
Comercial Ltda (TelexFREE), apenas com base em indícios de crime contra a
economia popular, atingindo interesses socioeconômicos diretos de quase dois
milhões de brasileiros.
Por
unanimidade, a Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), que teve
como relator do processo o desembargador Samuel Evangelista, manteve os efeitos
da liminar impedindo a retomada das atividades da empresa e dos milhões de
divulgadores em todo país.
A ação que
paralisou a TelexFREE foi desencadeada pelo Governo do Estado do Acre,
inicialmente através do Procon-AC (demandante da ação), órgão diretamente
ligado a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, ou seja, sob o comando
e responsabilidade administrativa do governador Tião Viana (PT), conforme pode
ser conferido AQUI. O Procon-AC é gerenciado pela esposa do vice-governador do
Acre, César Messias.
O Ministério
Público do Estado do Acre (MP/AC), que recebeu a demanda do Procon/AC e moveu
ação contra empresa, é um órgão também diretamente vinculado ao governo do
Acre, tendo como atual procuradora-geral a competente Dra. Patrícia Rêgo,
nomeada pelo governador, filha de José Fernandes do Rego, um dos principais e
mais influentes Secretários do governador Tião Viana.
A juíza
Thaís Borges, da 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, que julgou favorável a
medida proposta pelo MP/AC para suspender as atividades da empresa, é esposa do
ex-vereador comunista e ex-secretário Municipal de Saúde da Prefeitura de Rio
Branco, Paskal Kalil, considerado um dos principais líderes do PCdoB no Acre,
mesmo partido do deputado Moisés Diniz (PCdoB).
O atual
presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), Desembargador Roberto Barros,
foi também Procurador-Geral do Estado, cargos da mais alta confiança do
governador do Acre. Detentor de conduta técnica, moral e política irretocável,
teve uma ascensão meteórica, sendo nomeado como o mais novo Desembargador da
história do judiciário acreano, também pelo governador Tião Viana.
Após o Acrealerta.com
tornar público que responsabilidade da ação contra a TelexFREE seria do Governo
do Acre, gerando uma verdadeira revolta dos Divulgadores contra Tião Viana, os
articuladores da base governista, percebendo o impacto político negativo as
vésperas de uma eleição, rapidamente trataram de agir.
Primeiro,
emitiram uma Nota Oficial do governo, negando a participação e responsabilidade
no caso. Não amenizou, quando publicamos nova matéria esclarecendo que o
Procon-AC e MP/AC são órgãos sob o comando direto do Governador, e o tiro saiu
pela culatra.
Em seguida,
a tropa de choque foi acionada. O deputado Moisés Diniz, ainda com pouca
informação sobre o tema, “entrou na briga”. De forma inicialmente confusa e
contraditória nos seus posicionamentos, logo foi duramente bombardeado pelos
Divulgadores.
Considerado
um dos mais cultos e políticos profissionais do Acre, Diniz refez suas
declarações a rapidamente tratou de conquistar os corações dos Divulgadores,
trazendo para seu lado principais líderes da TelexFREE no Acre, através da
criação de um Comitê de Apoio, assumindo posição de destaque nas reuniões com
os Divulgadores e mobilizando outras com governo e órgãos envolvidos.
Como num
passe de mágica, jogando para a torcida, Diniz assumiu uma postura de defesa
incondicional dos interesses dos Divulgadores, passando da condição de odiado a
de principal ícone político para a legião de Divulgadores em todo Brasil.
Atualmente
Vice-Presidente da Aleac, Moisés Diniz já ocupou a função de líder governista
na Aleac e ainda é um dos principais e mais fervorosos defensores do governador
Tião Viana, gozando de elevada credibilidade do chefe do executivo no Acre.
Além de
todas as especulações e indícios envolvendo Bancos e outras empresas
concorrentes, curiosamente a ação que paralisou as atividades da TelexFREE
ocorreu horas após ocorrer a liberação dos presos na Operação G-7, desmantelada
pela Polícia Federal, que tirou de circulação nada menos que uma forte
organização criminosa que atuava em desvios de verbas públicas e fraude em
licitações no Acre.
Entre os
acusados e presos, um sobrinho do governador Tião Viana, vários Secretários de
Estado e os maiores empreiteiros do Acre, principais financiadores das
campanhas petistas no estado, nos últimos 14 anos.
A soltura dos
presos contou com forte aparato de segurança do governo do Acre para proibir a
ação da imprensa de registrar a saída. Um escândalo de grandes proporções
somente pode ser abafado por outro maior.
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