Militana
Salustino do Nascimento nasceu no Sítio Oiteiros, em Santo Antonio dos
Barreiros, no município de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, no dia 19
de março de 1925 e faleceu aos 85 anos, em 19 de junho de 2010. Bastante
conhecida no meio cultural, a romanceira que encantou muitos palcos pelo
Brasil, cantando romances com as tragédias palacianas, foi descoberta pelo
pesquisador e folclorista Deífilo Gurgel. Logo, encantou o músico Antonio
Nóbrega, com quem fez algumas apresentações pelo País.
Teve um CD
triplo gravado, que recebeu o nome de Cantares e foi lançado nos Estados de São
Paulo e Rio de Janeiro. Em setembro de 2005. recebeu do presidente Lula, em
Brasília, a comenda máxima da Cultura Popular.
Figura
simples e cativante, Dona MiIlitana herdou o dom de cantar do seu pai, Atanásio
Salustino do Nascimento. Os seus romances são originários de uma cultura
medieval e ibérica, onde são contados os feitos dos guerreiros e as tragédias
palacianas.
A romanceira
tinha participação permanente no Extinto Prêmio Pedro Guajiru de Cultura,
projeto do ex-vereador Teófilo Neto, que era realizado todos os anos e durante
sua festividade, o povo tinha a oportunidade de conhecer o que de melhor
existia no município em relação a cultura popular. O prêmio organizado pela
Secretaria Municipal de Educação trouxe para apresentações o grupo Mestre
Ambrósio e Bráulio Tavares, um dos autores da música, Nordeste Independente.
Infelizmente,
este evento, não mais existe, Dona Militana morreu e ficou no esquecimento.
O mais
incrível é a casa que serviu de residência àquela que tinha o nome mais
relevante do município, pois continua do mesmo jeito e que poderia ser
transformada em um museu, para que as pessoas tivessem a oportunidade de
conhecer os hábitos de alguém tão ilustre. O acesso ao local onde ela morava é
uma lástima, pois encontra-se esburacada e cheia de mato e muito lixo, que já
se tornou o grande cartão de visitas do município.
Na verdade,
existe uma fundação que leva o seu nome e o atual prefeito, Jaime Calado, num
gesto de reconhecimento e aplaudido por todos, no ano de 2005, enviou à Câmara
Municipal, um Projeto de Lei Complementar criando uma pensão vitalícia para
aquela que levou o seu município a um lugar de destaque na cultura do País. No
entanto, sua memória não deve ser esquecida. É preciso que esta geração e as
gerações futuras, tomem conhecimento do seu rico trabalho, em prol da cultura
popular.
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