Ninguém vira
artista do dia para a noite. Se nasce artista e ponto.
Ao
planejarmos fazer umas pinturas no mural do Centro Cultural Francisco José de
Santana, falou-se em um monte de gente que podia pintar, mas quis o destino que
eu viesse a conhecer um talento até então desconhecido para mim. Então nos é
apresentada a arte de Juninho de Dedé de Célia.
Fiquei
maravilhado com o traço que ele retrata a sua arte, um estilo diferenciado que
o torna merecedor de elogios e incentivos para que continue a nos brindar com
seus desenhos.
Conversando
com o artista Junior, comecei a entrevistá-lo e descobri que ele é um homem de
poucas palavras e de grande talento.
WRP – Qual o seu nome
completo e onde você nasceu, Junior?
JR – Meu nome completo é José de
Oliveira Gomes Junior e nasci na cidade de Macau – RN.
WRP – Qual a área da
arte e da cultura que você mais gosta de atuar?
JR – Gosto de Desenhar e Pintura em
Quadros.
WRP – Quando que você
descobriu o talento para a arte?
JR – Desde os dez anos de idade.
WRP – Fale-me um pouco
sobre o seu trabalho.
JR – Tenho pouco a falar, pois levo
a arte como um hobby.
WRP – Você tem algum
plano futuro em relação a sua arte?
JR – Não tenho planos ainda, porque
não estou atuando na área cultural ainda, por falta de apoio pelos próprios gestores
da cidade que nunca dão oportunidade para os artistas da terra.
WRP – Como você ver a
cultura local?
JR – A cultura local deveria ser
bem mais valorizada, quanto a isso eu acho muito fraca. Só existe incentivo de
uma ou duas pessoas, porque gostam mesmo e vocês sabem quem é...
WRP – O que você
acredita que podemos fazer para melhorarmos a forma de se fazer a cultura
local?
JR – Primeiro, colocar um secretário
da cidade que conheça a nossa cultura e segundo, alguém que se empenhe mais e
não fique só de pegar o salário que entra todo mês na conta...
WRP – Cite algumas
referências culturais que você admira, em qualquer campo da arte e da cultura.
JR – Admiro muito a literatura de
cordel, Talhas em madeira, Teatro que fale sobre a cidade, quadrilhas,
trabalhos de arte em geral, inclusive aulas de arte e pintura com desenhos para
a garotada.
WRP – Fique a vontade e
fale um pouco mais sobre a cultura local e seus seguimentos e suas
deficiências.
JR – Sobre o incentivo eu admiro
muito duas pessoas, primeiro Dona Maria de Pipoqueiro e segundo, Gonzaga Filho
que é um tremendo artista da terra e é também muito empenhado na cultura. E
como deficiência, a falta de apoio aos artistas local, pois eles deveriam ser
mais vistos... Isso é o que chamamos de cultura. O apoio é muito importante.
Me despeço
do artista agradecendo as suas palavras e contando que ele continue a trabalhar
a sua arte, pois é um grande talento deste grande celeiro que é Guamaré.
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