Por: Carlos Chagas
“Não dá mais
para segurar”, diria o saudoso Gonzaguinha. A referência vai para a continuação
das manifestações de rua verificadas em todo o país, com ênfase para o Rio e
São Paulo. Protesta-se contra tudo, é um direito democrático, mas, como rotina,
paralisar cidades e depredar patrimônio público e privado é crime. Ainda mais
quando praticado por minorias que se antes manifestavam-se pacificamente, agora
já começam seus protestos com baderna e
violência.
Indaga-se da
reação do cidadão comum, aquela imensa maioria que todos os dias passa pelo constrangimento
de não poder ir para casa ou de não poder sair de casa.
Foi assim
que nasceu e cresceu o nazismo, quando as famigeradas S.A. ocuparam Berlim e
outras cidades da Alemanha. Um sentimento
nacional de indignação já substituiu as primeiras reações de apoio aos jovens
que com toda razão foram para a rua, em junho, exigindo melhor qualidade de
vida. De lá para cá, deteriorou-se o movimento. Protesta-se com o rosto
encoberto, pedras na mão e, não raro, coquetéis molotov na mochila.
Interrompe-se o tráfego como se toma um copo d’água.
Convenhamos,
é hora de um basta. Afastada por contraditória a hipótese de os revoltados com
as passeatas organizarem a sua própria, melhor solução para evitar o caos
social está no apelo às forças de segurança. Pouco adianta levar alguns fascistas
para a delegacia e soltá-los horas depois.
É preciso que fiquem engaiolados e sejam processados. Também não resolve
descarregar balas de borracha nos manifestantes ou lançar sobre eles bombas de
gás lacrimogêneo ou sprays de pimenta. Torna-se necessário mobilizar a
inteligência para identificar os líderes responsáveis, começando pelos vândalos
que quebram tudo, porque são os mesmos. Muitos com passagem pela polícia, sem
profissão. Que vão para a cadeia e de lá não voltem tão cedo.
Em caráter
emergencial, não deve haver hesitação em mobilizar as forças armadas para
policiamento ostensivo nos principais centros onde as badernas acontecem. Sua
presença teria sentido dissuasório, obviamente sem canhões nem tanques.
Nenhum comentário:
Postar um comentário