sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

PAULO WAGNER RECEBEU QUASE R$ 60 MIL POR MÊS DE SALÁRIOS E COTA INDENIZATÓRIA

Deputado ainda gastou mais de R$ 10 mil em restaurantes "finos"
do Rio Grande do Norte e da capital federal

Para quem acha que é muito o salário de um deputado federal, que recebe R$ 27 mil por mês, sabia que alguns deles representam uma despesa ainda maior para a Câmara dos Deputados, em Brasília, pela utilização da cota indenizatória. E Paulo Wagner, do PV, é um exemplo disso. O parlamentar, além dos 13 salários que recebeu durante o ano, se destacou como o deputado da bancada potiguar que mais consumiu a tal cota indenizatória, chegando ao final de dezembro com um montante de R$ 376 mil gastos em restaurantes finos, aluguel de veículos, passagens de avião e, até, serviços postais.

As informações estão no espaço da “transparência”, da Câmara dos Deputados. Dividido por mês, é o mesmo que dizer que Paulo Wagner recebeu R$ 27 mil de salário, mas gastou outros R$ 31,3 mil do Poder Legislativo Federal com suas despesas corriqueiras. Ou melhor, com as despesas “do mandato”. Afinal, faz parte da “despesa do exercício parlamentar” refeições no Pinga Fogo, Coco Bambu (Brasília), Sal e Brasa, Tabua de Carne, Cassol, Espeto de Ouro, Fogo e Chama, Capital Steakhouse, La Tavola e Nemo Alimentos, onde Paulo Wagner já gastou mais de R$ 10 mil só este ano.

É importante ressaltar que, apesar de chamar atenção pelo estilo do gasto, com comida, esse não foi, nem de longe, a principal despesa de Paulo Wagner. Mensalmente, por exemplo, o parlamentar do PV gastou mais de R$ 8 mil com “locação de veículos automotores ou fretamento de embarcações”. Com a divulgação, a despesa pública foi ainda maior: por mês, pelo menos, R$ 10 mil de gasto. Em setembro, o parlamentar chegou a gastar R$ 22,6 mil (ou seja, quase o próprio salário) de dinheiro público na divulgação do mandato.

Para se ter uma ideia do quanto isso significa, no mesmo mês de setembro, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB) gastou R$ 15,1 mil em cota indenizatória, somando todos os tipos de despesa que teve. O parlamentar foi um dos mais “econômicos” em 2013.


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