Auditório do Instituto Histórico fica no
subsolo da entidade
Por: Yuno Silva
O acervo da
mais antiga instituição cultural do Estado ainda não está disponível para
pesquisa, mas a estrutura física do Instituto Histórico e Geográfico do RN
apresenta nítidos sinais de recuperação: as infiltrações foram sanadas, as
cadeiras e o piso do auditório substituído, parte dos móveis antigos estão
restaurados, o banheiro foi refeito e a parte externa ganhou mais que uma mão
de tinta. Embora seu funcionamento não esteja pleno, as portas voltaram a abrir
e a equipe já trabalha na limpeza de livros e documentos antigos que remontam a
época das Capitanias do Brasil Colônia. A reestruturação do prédio é a primeira
etapa do projeto de modernização da entidade.
No próximo
dia 5 de novembro, a diretoria do Instituto Histórico e Geográfico do RN
promove evento que pontua a reabertura oficial do lugar. Também em novembro, em
data não definida, a entidade abriga lançamento do livro “1964 na Visão do Ministro
do Trabalho de João Goulart”, do político e ex-ministro Almino Monteiro Álvares
Affonso, neto de é neto do ex-Senador Almino Álvares Affonso, família que traz
em sua raiz genealógica origem potiguar.
“Agora nossa
expectativa é quanto a liberação de mais recursos, firmados em convênio e
emendas parlamentares, para avançarmos na organização e digitalização do
acervo”, disse Ormuz Barbalho Simonetti, vice-presidente do Instituto
Histórico. Ele explicou que os serviços em curso no IHGRN foram realizados com
os R$ 200 mil liberados pelo Governo do RN, ou metade do valor da emenda
parlamentar aprovada por unanimidade pela Assembleia Legislativa.
Com o
dinheiro que resta em caixa, o troco desses R$ 200 mil liberados pelo Governo
do RN, a direção da entidade pretende instalar uma plataforma para tornar o
Instituto completamente acessível e promover melhorias no sistema hidráulico. O
novo paisagismo do jardim está à cargo da Prefeitura/Semsur.
Além do
restante da emenda parlamentar (aprovada pela AL) a ser repassada pelo Estado,
ou outros R$ 200 mil que segundo Ormuz “estão previstos no orçamento,
empenhados e devem, no mínimo, entrar na lista de restos a pagar para o próximo
ano”, a direção do IHGRN também quer garantir mais R$ 30 mil destinados ao
Instituto pelo Município, via emenda na Câmara de Vereadores. “Como o Instituto
não possui renda própria, temos que aguardar”, informou.
Simonetti
lembrou que há ainda R$ 550 mil aprovados pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de
Museus), que suspendeu a tramitação do processo devido o período eleitoral,
para viabilizar a catalogação e a digitalização do acervo; e um convênio com a
Secretaria Estadual de Educação para aquisição de estantes deslizantes que irão
otimizar o espaço e a organização do acervo.
O projeto de
modernização do IHGRN está previsto para ser concluído em quatro anos, e nos
planos para 2014 consta formalização da parceria técnica com o Departamento de
História da UFRN. O Instituto Histórico e Geográfico do RN acumula 112 anos
fundação. Em 1984, foi tombado pelo patrimônio histórico.
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