FJA aguarda
recursos federais para dar continuidade aos serviços
Por: Carolina Souza
Pela segunda
vez o prazo de conclusão das obras de restauração da Biblioteca Pública Câmara
Cascudo foi adiado. O motivo, um pedido de aditivo pelo Governo do Estado no
valor do contrato dos serviços ao Ministério da Cultura (MinC), que já remeteu
mais de R$ 1 milhão para as obras. Para que o aditivo seja concedido – duas
parcelas de aproximadamente R$ 365 mil –
é necessário a conclusão de uma inspeção do prédio pelo MinC.
Segundo
informações da Fundação José Augusto (FJA), uma equipe do Ministério esteve em
Natal há 15 dias para realizar a inspeção. Desse tempo para cá, a obra, que foi
iniciada em abril de 2013, precisou ser interrompida, estacionando em pouco
mais de 50% dos serviços concluídos.
Essa
informação foi confirmada a O JORNAL DE HOJE pelo engenheiro da FJA, Sérgio
Paiva. Sérgio esclareceu que não é o engenheiro responsável pela obra de
restauração da Biblioteca, mas, como servidor da Fundação, dá suporte à
Secretaria de Estado de Infraestrutura (SIN) no processo de fiscalização dos
serviços.
“Não se
trata de dizer que a obra precisou ser parada. Mas achamos que só devemos dar
continuidade aos serviços quando o restante dos recursos for repassado. Não
queremos correr o risco de concluir tudo e não ter o dinheiro para pagar a
empresa executora”, afirmou, em contato com a reportagem por telefone. “Como
estamos no final de um governo, temos medo que esse dinheiro demore a chegar”,
conta.
Diante do
pedido do aditivo e da inspeção, o prazo para a conclusão dos serviços na
Biblioteca Câmara Cascudo foi adiado para abril de 2015. Antes disso, o Governo
do Estado já havia adiado a conclusão da obra para este mês de outubro, quando
a finalização estava prometida para o mês de maio.
“Estamos só
aguardando a chegada desses recursos. Se o dinheiro chegar logo, acredito que a
empresa conseguirá terminar tudo até o mês de dezembro. Pedimos urgência nisso.
Mas muita coisa já está pronta. Ficou faltando apenas a colocação dos novos
pisos, pintura, aplicação das luminárias e dos vidros”, explicou Sérgio Paiva.
Fotos
registradas pela equipe do JH na manhã de ontem (16) mostram que o local estava sem nenhuma pessoa
trabalhando. Este vespertino tentou contato com a administradora da Biblioteca,
Sabina Pires, mas os telefones estavam desligados. A secretária Extraordinária
de Cultura do RN, Isaura Rosado, se limitou a comentar que os serviços de
restauração estão dependendo apenas do resultado da vistoria do MinC.
O projeto de
restauração da maior biblioteca pública do Rio Grande do Norte foi avaliado em
R$ 3 milhões, sendo o Ministério da Cultura e o Governo do Estado responsáveis,
cada um, pelo repasse de R$ 1,5 milhão para a obra.
O projeto
arquitetônico e complementar foi desenvolvido pela Fundação José Augusto e
prevê mudança estrutural e administrativa do espaço. O prédio passou por
reparos nas instalações elétricas e hidráulicas, recebeu nova cobertura,
pintura, adequações à acessibilidade, substituição das antigas esquadrias de
madeira por outras de alumínio com vidro, além da alteração na disposição dos
setores, bem como a criação de novos espaços como café, sala infantil e
auditório.
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