Os cinco
países que fazem parte do Mercosul – Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e
Venezuela – terão modelo de placa unificada para veículos a partir de 2016. A
medida atingirá frota de quase 110 milhões de veículos nos cinco países e tem o
objetivo de fortalecer a integração regional e a circulação de cidadãos entre
membros do bloco.
De acordo
com o Ministério das Relações Exteriores, a mudança deve acontecer de maneira
gradual no Brasil. Na prática, isso significa que a partir de 1° de janeiro de
2016 o novo modelo só será obrigatório em veículos novos – no momento do
primeiro emplacamento – e em automóveis que passarem por transferência de
propriedade ou de local do emplacamento.
450 milhões de
combinações
As novas
placas adotadas no Mercosul terão 13 cm de altura por 40 cm de largura, as
mesmas dimensões utilizadas hoje no Brasil. O design será semelhante ao adotado
nos países da União Europeia: fundo branco com faixa azul na parte superior.
Haverá ainda o símbolo do Mercosul à esquerda, além do nome e da bandeira do
país de origem do veículo.
A nova identificação
será formada por sete caracteres: duas letras, três números e mais duas letras.
Essa estrutura é capaz de gerar até 450 milhões de diferentes combinações. O
modelo utilizado hoje no Brasil poderia chegar a 175 milhões de possibilidades.
Segundo o
Itamaraty, a unificação do sistema nos cinco países facilitará a circulação e a
segurança no trânsito entre países do bloco, contribuindo, por exemplo, para
melhor fiscalização aduaneira e migratória. Além disso, a unificação resultará
em um sistema integrado de consultas às informações dos veículos. Essa
integração também facilitará o acesso a dados de propriedade, modelo, marca,
fabricação e tipo de veículo, além de gerar informações sobre roubos e furtos.
Sistema brasileiro
O modelo de
placas brasileiro – que possui três letras e quatro números – foi adotado no
Brasil na década de 1990 para substituir as antigas placas amarelas. Pela
variação de combinações possíveis, o sistema brasileiro poderia ser mantido até
2030.
Na
Argentina, no entanto, o sistema atual possui três letras e três números, o que
o torna sustentável somente até 2015. Sendo assim, o padrão de placas do
Mercosul já deve ser aplicado na Argentina a partir do ano que vem.
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