Da Redação: Conexão Jornalismo
O blog Amigos
do Presidente Lula pegou no pé do Datafolha. E na mão também. Numa análise
bastante coerente da pesquisa que dá 47 pontos a Marina no Segundo Turno,
contra 43 de Dilma Rousseff, o analista percebeu que o número de indecisos do
primeiro turno praticamente evapora na segunda eleição. Milagre? Tudo indica
que sim. Leia e entenda:
"Datafolha:
Erro grosseiro de 7 pontos no 2o. turno para turbinar Marina.
Chega até a
ser repetitivo comentar os erros grosseiros do Datafolha. Praticamente vou
repetir a nota feita na última pesquisa apenas atualizando os números.
Na pesquisa
de intenções de votos do Datafolha divulgada hoje, o jornal Folha de São Paulo
ficou até com vergonha de colocar no gráfico do segundo turno o percentual do
votos brancos/nulo/não sabe.
Isso porque
tem um erro grosseiro de 7 pontos percentuais, o que invalida totalmente a
pesquisa como referência (serve apenas de isca para tubarões caçarem sardinhas
na Bolsa de Valores).
Na pergunta
sobre primeiro turno 17% declararam votar nulo/branco/nenhum/não sei (esse
número já é suspeito, quando se analisa a pesquisa espontânea, mas vamos deixar
para lá agora, porque tem coisa muito pior).
Na pergunta
em seguida, sobre segundo turno, magicamente este número caiu para 10%. Coisa
praticamente impossível de acontecer na vida real das urnas.
As
pesquisas, como estatística, devem tentar reproduzir uma amostra do que
aconteceria na população toda. Quem diz que não votaria em Dilma, nem em
Marina, nem em nenhum dos outros candidatos mostrados na pergunta do primeiro
turno, também não votaria em dois destes mesmos nomes, se perguntados no mesmo
momento. Respostas diferentes disso não tem valor científico.
Quem vota em
um candidato que não passa para o segundo turno, pode mudar seu voto para outro
candidato ou não votar em nenhum dos dois, mas quem rejeita todos desde o
início do processo eleitoral costuma continuar rejeitando dois dos mesmos nomes
no segundo turno.
Por isso, em
geral os votos válidos no segundo turno são menores do que no primeiro turno.
Votações ligeiramente maiores no segundo turno só ocorre quando há algum motivo
excepcional, como enchentes, feriadão, que provoque abstenção maior no primeiro
turno, ou alguma comoção política por algum candidato entre o primeiro e o
segundo turno. Nada disso acontece no intervalo de minuto entre duas perguntas
na pesquisa.
Dá para
acreditar? É melhor daqui por diante o Datafolha dizer que, pela sua metodologia,
a margem de erro é uns 7 pontos para mais no caso de Marina e para menos no
caso de Dilma".
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